domingo, 16 de novembro de 2014

QUANDO TUDO É IMPORTANTE - FUTEBOL, DIFÍCIL DE ENTENDER (OU, ONDE FUI AMARRAR MINHA EGUINHA POCOTÓ!)


FUTEBOL, DIFÍCIL DE ENTENDER (OU, ONDE FUI AMARRAR MINHA EGUINHA POCOTÓ!)


No futebol há coisas que a própria razão desconhece, diria alguns. Que há algo de estranho, inexplicável, que ninguém consegue decifrar, isto nem se discute! 
Imagine um time de futebol com vantagem de 2 ou 3 gols tem o "disparate" de dar uma facilitada, um vacilo sem tamanho e "deixar" que o adversário faça a virada. Até parece "marmelada"!
Vi o Palmeiras vencer um primeiro tempo contra o Vasco, numa final de Mercosul (se não me engano, no ano 2000), de 3X0 e levar uma virada histórica de 4X3. Há inúmeros exemplos parecidos, desconcertantes!
Será que um treinador de renome não tem em sua cabecinha "ôca" privilegiada um esquema tático de defesa "fechada", linha de 5 zagueiros (hoje, predomina a linha suicida de 3 zagueiros - um buraco sem tamanho na defesa), para não permitir de modo algum que o adversário se organize e consiga vencer o ferrolho?
Na Copa do Mundo deste ano teve seleções "do resto do mundo" que se fecharam e as européias mal conseguiam um placar de 1X0.
É evidente que, para estabelecer um esquema rígido defensivo, o time todo tem de estar engajado, os jogadores dispostos a trocarem de posição, revezar defesa e ataque, de modo a impedir qualquer iniciativa ainda em seu meio campo.
Fazer uma marcação rigorosa, com abafa na saída, não dar espaço algum, agindo assim,"uníssono", compactado,não vai deixar "pedra sobre pedra", o clube do lado contrário não vai se sentir por cima da carne seca e nem tomar (de) conta.
Marcação na saída de bola é fatal, é onde o adversário se perde, se desconcentra, perdendo a calma, fica num estado de nervo de dar gosto e pode "perder" a cabeça. Não sabendo como agir, o time em desvantagem fica em "polvorosa"e acaba apelando.


Num timinho de pelada mineira, num racha brasiliense, num baba baiano, os jogadores sabem como dominar quem está mal no "placar", os "peladeiros" sabem como nunca se prender, recuar e marcando por zona e homem a homem. E procura neutralizar o jogador que mais se destaca no lado contrário, aquele que pode decidir o jogo a qualquer momento.
Tudo isso que escrevi aqui é para dizer que meu clube de coração tem de ter muita raça sempre, sangue e suor, amor à camisa, jogar para ganhar sempre, não importando com quem e contra quem. Este seria o perfil do meu time dos sonhos, que nunca abaixaria a cabeça, nunca entraria derrotado em nenhuma situação adversa, jamais entregaria o jogo, sem essa do "importante é competir"!.
Torço para o Cruzeiro, Flamengo e Palmeiras (seria por acaso?), e pelo que vejo, esses clubes não correspondem à minha expectativa, ao meu "cadastro", como torcedor. São clubes "viciados" em tomarem virada dando a impressão que não sabem enfrentar adversidades e não sabem aproveitar quando estão em vantagem.
Na hora H não parecem nem competitivos, não se superam!
Nasci meio atleticano (sempre admirei a raça incontida e perserverante dos alvinegros). Certa vez, em Belo Horizonte, mais precisamente no Estádio do Horto (antigo Independência), fui a um jogo do Atlético, na época que estava em dúvida para quem torcer, mas presenciando uma selvageria da torcida do Atlético na arquibancada, acabei optando pelo Cruzeiro, mas parece que não fiz boa escolha, parece não tem muita coisa a ver comigo.
Quando criança, influenciado pelo Zeca Celeiro, flamenguista roxo, lá em Bicuíba, me simpatizei com o Flamengo, embora tenha sofrido forte influência da camisa rubro-negra, mas fiquei meio tentado a torcer pelo Vasco, principalmente por causa do time de 1958, que eu admirava muito, Vavá e Almir Pernambuquinho eram meus ídolos.
Não sei, até hoje, se fiz o que seria melhor, tanto Atlético quanto Vasco têm mais raça, mais gana, mais garra, seus jogadores são mais fiéis aos clubes, se entregam, são mais comprometidos, jogam com a alma e o coração, com o objetivo de vencer, ganhar sempre. Quanto ao Palmeiras, não sei explicar, mas minha simpatia, em segundo plano, sem foi pelo São Paulo, quer dizer, estes 3 clubes (Atlético, Vasco e São Paulo) têm mais a ver comigo do que Urubu, Raposa e Porco.
Quando vejo o Flamengo estar à frente, com 3 gols de vantagem contra o Atlético e perder, 2 gols de vantagem contra o Sport e ceder o empate, ver o Cruzeiro com vantagem na Libertadores e deixá-la escapar, em casa, e o Palmeiras, também, levando viradas fantásticas, me desanimo até de continuar "seguindo" futebol.
Existem tantas maneiras de travar, catimbar um jogo, retardar sem fazer cera, que não dá para entender estes vacilos! Uma gama de recursos tecnológicos permitem, hoje, saber tudo do oponente, as características de cada jogador, seu rendimento, suas qualidades - montar uma estratégia não é mais coisa do outro mundo!
Veja o caso da seleção brasileira "levando" de 7X1 da Alemanha. Qualquer jogador, simples e humilde, cabeça de bagre ou não, saberia que a hecatombe estava por vir, já os figurões não fizeram nada, não simularam nem se machucar, um cai-cai, qualquer coisa que pudesse paralisar, esfriar o time alemão e evitar o maior vexame de nossa história!
Não sendo vira casaca, não querendo trocar de time, fico aqui desanimado, não gosto de encarar times que não buscam a vitória do princípio ao fim, não aprecio times que jogam de salto alto, clubes que se entregam no primeiro revés, algumas vezes por culpa da incompetência de seus dirigentes, treinadores e jogadores.
Os fanáticos, torcedores doentes, dizem "troco de mulher, mas não troco de time", mas será que vale a pena tanto amor, tanta paixão "futebolística"???!!!
E esses clubes de hoje, atolados em dívidas, mal administrados, que ficam na "zona do agrião", sempre lutando para não cair? Clubes que não sabem administrar contratempos e, pior ainda, não sabem "usufruir" quando os "ventos" e tudo o mais estão a seu favor.
E vamos(?) que vamos(?)!!!

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