segunda-feira, 3 de novembro de 2014

QUANDO TUDO É IMPORTANTE


SE CORRER, O BICHO PEGA; SE FICAR, O BICHO COME!

Quem não se lembra dos tristes tempos do governo FHC? De um "cara" que aposentou bem cedo, na flor da idade, e teve coragem de chamar os aposentados de vagabundo?
Quem não se lembra do PROER, mecanismo criado para socorrer bancos falidos?
Do abominável "Fator Previdenciário", cálculo matemático "maquiavélico" para forçar o trabalhador-contribuinte a se aposentar somente no máximo de tempo de serviço e no teto das contribuições totais? Se acaso se aposentar proporcionalmente, a perda é enorme, um descompasso cruel.
E do "Foro Privilegiado" para salvar (ou retardar processos que envolvam) políticos que praticam "malfeitos" (neologismo de Dilma).
Quem pensou em privatizar o BB, Caixa e demais bancos públicos, com exceção dos bancos de fomento, que, aí, também, seria "o fim da picada"?
Privatizou a Vale a preço de banana, e, na sua época, privatizaram todos os bancos estaduais a troco de moeda podre. E tinha o BNDES para emprestar a perder de vista para quem "ousasse" entrar na privatização-doação!
FHC, como os demais políticos brasileiros, governou se achando o dono de tudo, podendo fazer e acontecer, tripudiar e "criar" maneiras de formar "banco de eleitores", aquelas bolsas isto e aquilo, e, assim, se garantir para todo o sempre!!!
FHC não teve a inteligência de Lula que, espertamente, agregou todas numa só e intitulou "bolsa família", uma jogada de mestre, arrebatadora de corações e mentes.
Nestas eleições, o candidato "virtual" era FHC, tentaram colar no candidato Aécio tudo o que FHC fez de ruim, revirando um passado de quase 20 anos do "inesquecível" ex-presidente. E, com o "apócrifo" de que Aécio iria acabar com todos os programas sociais.
Em contrapartida, o passado de Lula, colado em Dilma, era só elogio, seu carisma, sua simpatia, seu trato e sua origem de pobreza extrema. A jogada de mestre (bolsa família e minha casa,minha vida), fizeram do "metamorfose ambulante" um Deus, a tal ponto de que quem criticar o "não sabe de nada" é demonizado, é "acusado" de estar fazendo sacrilégio, pecado mortal imperdoável.
O pessoal-marqueteiro do PT, também descobriu outra jogada de mestre: descontruir seus adversários, com mentiras repetidas a ponto de se transformarem em verdade. Destruíram Marina!
Desqualificar a vida pregressa, mexer no passado, revirar a vida do oponente, acusá-lo de todas as formas e maneiras, é uma cartilha "satânica" que torna a vitória líquida e certa.
Esta crueldade, esta maneira vil de fazer política remonta ao tempo de Collor, useiro, vezeiro e especialista em desconstrução e armadilhas traiçoeiras, verdadeiras cascas de banana, onde um incauto e menos cuidadoso entra de gaiato. Lula sofreu, na época, na pele, o que é ser difamado e injuriado pela dupla Globo-Collor!!!
Assim, desta forma, fizeram Aécio siamês de FHC, seu governo seria tal e qual, idêntico, sem tirar nem por, governaria que nem "guru", ídolo, Fernando Henrique Cardoso, notadamente com todos os seus erros do passado.
O que se viu foi uma forma infame, um vale tudo para continuar no poder, num jogo bem antidemocrático, pois a alternância de poder evita o reaparelhamento ou o poder a qualquer custo. Para se ter uma ideia, o STF, no próximo ano, terá 10 juizes indicados pelo PT num total de 11. Com a alternância, isto não seria possível.
FHC, com a reeleição comprada, conforme dizem por aí, provou do próprio veneno. Não pensou em alternância, a reeleição, praticamente, impede isso. Esqueceu que um projeto de poder bem articulado pode garantir um partido "mandando" e dominando por tempo indeterminado, quiçá, eternamente, numa ditadura branda e sem fim.
É o que está acontecendo, e, o povo, desinformado (como diz FHC), não enxerga o perigo, não analisa direito e, na maioria das vezes, contribui com o "status quo" vigente, se ausentando na hora de votar ou, pior ainda, votando NULO ou EM BRANCO. Se continuarmos com este estado de coisas, com um partido e mais alguns aliados, com "tudo dominado", vamos no sentido de nos tornarmos uma Venezuela, com plebiscito dando mais poderes (e aval) aos governantes estabelecidos, com a aprovação dos "Conselhos Populares", que usurpam atribuições do Congresso, resultando uma ditadura disfarçada, num regime de exceção.
Atualmente, os programas sociais se tornaram "currais eleitorais", garantindo antecipadamente um percentual bem alto de votos, e, com o presidente fazendo campanha em pleno exercício do cargo, fica inviável para qualquer opositor ter êxito numa missão impossível: vencer presidente à caça de votos, com toda a máquina administrativa ao seu dispor. Presidente, governador e prefeito, únicos que podem, numa campanha de reeleição, ter seu santinho afixado numa moldura em seu gabinete, nas secretarias e nas repartições públicas.
Atualmente, estamos "dominados" pelo tráfico de drogas nos morros e comunidades, cracódromo nos cantos das cidades, rebelião nos presídios, queima quase diária de ônibus, impunidade, saída temporária de presos, indultos, prende e solta, corrupção (desde o tempo de Cabral) cada vez maior e sem punição e sem o sequestro dos bens dos "apenados"; menores matando a torto e a direito (também um problema social dos mais perversos), criminosos à solta agindo como bem querem, lei seca que não funciona, e por aí vai.
O desejo de mudança seria para mudar este estado de coisas, dar um basta à corrupção e à impunidade, fazer uma reforma política e mais rigor nas leis do código penal, reforma tributária, uma sacudida geral.
Mas tudo isto não adiantará nada se o eleitor continuar sendo de fácil convencimento, não se informar, e continuar sendo a cópia fiel da "figura" em quem votou. Nosso maior problema, não tem jeito, é o eleitor,
sendo nordestino ou não, pois ninguém pode falar do outro, Minas não pode rotular ninguém, Rio de Janeiro, idem, jabuti não sobe em árvore, se tem corrupto lá, alguém lhe deu procuração e poder, ele não chega lá caindo do céu.
Estava difícil escolher, tomara que no próximo apareça uma esperança, gente nova, de ficha limpa, disposta a enfrentar a tudo e a todos.
Agora é torcer para que eu esteja errado e os eleitos contrariem o que escrevi aqui.
Tenho dito!!!




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