segunda-feira, 6 de março de 2023

A POLITICAGEM E A GREVE DOS PROFESSORES

 


O que tem se visto é que a paralisação dos professores da rede estadual de educação do Maranhão está cercada de politicagem envolvendo o SINPROESEMMA e uma dissidência antagônica chamada MRP (Movimento de Resistência dos Professores). A disputa entre os dois pode resultar em prejuízo para milhares de alunos maranhenses.

Desde o início do ano, o Governo do Maranhão tem sentado à mesa para negociar o aumento do salário dos profissionais da educação, que já recebem a segunda maior remuneração do país. A lei do piso aprovada pelo Governo Federal estabelece o reajuste de 14,9%, e eleva o piso salarial dos professores de R$ 3.845,63 para R$ 4.420,55.

No Maranhão, a realidade é bem diferente de outros estados. Todos os professores ganham mais de R$ 6 mil, e a ameaça de paralisação pelo impasse sobre a porcentagem de aumento não tem razão de ser, já que todos os docentes de 40h ganham bem acima do novo piso nacional estipulado pelo MEC. Veja abaixo a tabela de pagamento de todos os estados brasileiros.

Mesmo assim, os sindicatos maranhenses ameaçam entrar em greve, exigindo os 14,9%, obrigatório apenas para quem paga valor abaixo do piso nacional.

O Blog pesquisou e apresenta agora duas reportagens de sites nacionais, o G1 e UOL, comprovando que o Maranhão já paga os professores acima do piso nacional, mesmo com o reajuste concedido pelo Governo Federal.

“Ao menos dez estados pagam acima do novo piso nacional: Amazonas, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso (jornada de 30 horas), Mato Grosso do Sul, Paraíba (30 horas), Roraima, Sergipe e São Paulo”, diz o site G1, clique aqui e veja a reportagem completa.

Cientes de que um aumento é justo para a categoria, o governo tem mantido diálogo com os professores (reveja) e já fez duas propostas: uma de 8,68% e outra de 10%, essa mais do que o dobro da inflação de 2022.

O governador ainda fez questão de ressaltar que o Governo do Maranhão, mesmo já pagando acima do piso e o segundo maior salário do Brasil, seguiu negociando, mas com responsabilidade.

Mas a politicagem que envolve a guerra entre os sindicatos trava o aumento dos docentes e insufla a ameaça de paralisação que pode prejudicar os estudantes maranhenses.

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