domingo, 19 de março de 2023

DIAGNOSE - DICA DE SAUDE - LOMBALGIA

O que é lombalgia?

A lombalgia é a famosa dor na lombar, região mais baixa da coluna, que fica perto da bacia. A dor pode passar também para as nádegas e no posterior das coxas, mas geralmente não ultrapassa os joelhos.

Embora seja muito comum (de acordo com a OMS, 85% das pessoas no mundo sentiram, sentem ou sentirão dor na lombar), o problema pode ser incapacitante para alguns pacientes. A lombalgia não é uma doença por si, mas pode ser um sintoma ou uma consequência de alguma doença, como a hérnia de disco. No entanto, a causa mais comum é a má postura.

Quais são os principais sintomas?

Dor na lombar que irradia para as nádegas e pernas

Dormência

Formigamento

Espasmos musculares

Em casos mais graves, pode ocorrer perda de sensibilidade no local das dores.

O que causa lombalgia?

Na maioria das vezes, a causa da lombalgia é postural. Ou seja, a dor surge após um movimento errado e pela má postura do paciente.

Mas como existem várias composições na coluna, que incluem ligamentos, tendões, músculos, ossos, articulações e disco intervertebral, há várias possíveis causas para esse tipo de dor. Além disso, idade e rotina também podem influenciar na causa e na intensidade da lombalgia.

Algumas razões para esse incômodo estão no dia a dia das pessoas, como:

Carregar peso em excesso ou de maneira errada

Pegar algum objeto em um local alto, inclinando demais o corpo para trás

Abaixar para pegar algum objeto sem dobrar os joelhos

Dormir de mal jeito

Sentar-se de mal jeito

Passar muito tempo sentado ou deitado

Ter má postura durante o trabalho

A lombalgia também pode ser causada por traumas na região lombar, como:


Pancadas após uma queda

Acidentes

Lesões durante a prática de esportes

Lesão por esforço repetitivo (LER)

Há, ainda, algumas doenças que podem causar lombalgia:

Hérnia de disco

Artrose

Inflamações

Infecções

Escorregamento de vértebra

Doenças emocionais, como estresse e depressão

Gravidez ectópica

Fibromialgia

Obesidade

Mulheres também podem sentir dor na lombar durante o período menstrual.

Quais são os tipos de lombalgia?

Existe a lombalgia aguda ou crônica:

Lombalgia aguda

É o tão comum “mau jeito” na coluna, que pode acontecer depois de exercícios físicos, pancadas e má postura.

Nesses casos, a dor dura entre quatro e seis semanas. Grande parte dos pacientes melhora após esse tempo, mas uma parcela pode desenvolver lombalgia crônica.

Lombalgia crônica

A lombalgia é classificada como crônica quando o paciente relata dor por mais de 12 semanas. É uma evolução da lombalgia aguda, que citamos acima, e também pode ser uma condição que afeta pacientes que possuem doenças como hérnia de disco e artrose.

O nível de dor depende de cada pessoa e da lesão desenvolvida, e muitas vezes pode ser incapacitante, fazendo com que o paciente se afaste do trabalho e de outras atividades.

Lombalgia tem cura? Como deve ser feito o tratamento?

O tratamento vai depender das causas e do tipo de lombalgia que o paciente apresenta.

No geral, se a lombalgia é aguda e causada por má postura, a dor geralmente desaparece após algumas semanas, mas a pessoa precisa tomar alguns cuidados relacionados à postura no dia a dia. Também não é recomendado carregar peso, nem fazer exercícios no momento de crise de dor.

No caso de lombalgia crônica, o tratamento deve ser analisado pelo médico ortopedista ou reumatologista (o especialista indicado vai depender da causa da lombalgia).

Já se a dor acontecer por conta de pancadas e acidentes, é necessário fazer exames para checar se não houve nenhum tipo de fratura, inflamação ou infecção na região. Se a causa da dor for uma outra doença, deve ser feito o tratamento adequado para a condição em questão.

O uso de medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios pode ser recomendado nos casos agudos e crônicos. Esses remédios podem ser tomados via oral (em comprimidos ou em gotas) ou aplicados diretamente no local da dor (em forma de pomadas ou gel).

Como impedir que a lombalgia aguda se torne crônica?

É estimado que entre 2 e 7% dos casos de lombalgia aguda se torne crônica. E isso acontece, na maioria das vezes, se o paciente não tomar os cuidados necessários. Não é indicado carregar peso, praticar esportes e fazer exercícios se a lombar estiver doendo. A pessoa também precisa tomar cuidado com a postura: é essencial sentar e deitar corretamente. Se passar muito tempo sentado no trabalho, procure levantar de hora em hora para caminhar um pouco. O repouso também é essencial em alguns casos para evitar que a lesão piore e a dor fique mais forte. Deite-se em uma posição confortável e não faça qualquer esforço físico por alguns dias, até que a dor diminua.

Lombalgia em crianças e adolescentes é grave?

Se a dor na lombar é comum em adultos e em mais de 90% dos casos desaparece sozinha, o quadro é incomum em crianças e adolescentes. Por isso, é necessário ter atenção.

Crianças podem se machucar brincando, correndo ou praticando algum esporte, o que é relativamente normal. No entanto, é preciso consultar um médio ortopedista ou pediatra, principalmente se a dor na lombar vier acompanhada de:

Febre e mal-estar

Sono interrompido várias vezes por conta da dor

Perda de peso

Fraqueza nas pernas

Caminhar mancando

Atividades diárias prejudicadas por causa da dor

Dor que persiste por semanas

Se a criança for muito nova, a consulta deve ser mais urgente ainda. Em todos os casos, o médico vai solicitar exames para indicar o tratamento mais adequado.

Como prevenir a lombalgia?

Como a principal causa da lombalgia é má postura, o melhor meio de prevenção é cuidar da sua coluna. Preste atenção ao modo com que você se senta e se deita: a coluna deve ter apoio e ficar esticada na maior parte do tempo.

Também é importante:

Proteger a coluna com um apoio nas costas ao realizar ginástica e exercícios

Não ficar muito tempo curvado

Não carregar peso com frequência

Dobrar os joelhos e não a coluna ao se abaixar

Levantar de hora em hora se trabalhar ou estudar muito tempo sentado

Outras dicas para evitar a dor na lombar são:

Praticar exercícios físicos diariamente, sempre com orientação médica ou de algum profissional da educação física

Manter uma dieta balanceada e rica em vegetais, legumes e frutas

Não beber e não fumar

Cuidar da saúde mental.

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