domingo, 26 de março de 2023

COLUNA DO DR. ERIVELTON LAGO

 


O PERIGO DA VINGANÇA

Certa vez um pardal e sua esposa pardoca construíram um ninho no forro do telhado da  igreja católica do povoado de Santa Maria, povoado de Cajari, MA. Uma cobra jiboia grande subiu até o local e comeu os dois filhotes do casal, logo no primeiro dia após saírem dos ovos. O casal havia saído para colher alimento para os meninos, mas ao chegarem de volta com a sacola cheia de alimento, a cobra já estava engolindo o segundo filhote. O pardal e sua esposa ficaram muito tristes, mas não queriam sair dali porque gostavam muito do local, por isso foram se aconselhar com o amigo Bernardo, o cachorro de dona Moça, esposa do pescador Ezequiel. Assim, o cachorro Bernardo e o pardal arquitetaram um plano de ação. O pardal e o cachorro saíram para executar a ideia. 

Ao se aproximarem do lago de Santa Maria, viram várias mulheres e meninos banhando no lago. As mulheres deixaram na beira d’água as suas joias, brincos, anéis de ouro, sandálias de couro legítimo, gemas preciosas, roupas e  um cordão de ouro branco pertencente à professora  Mônica Maciel, que ela havia comprado em 2019 por $ 9.693,00. As mulheres de Santa Maria deixam suas joias na beira do lago quando vão banhar, para não atraírem a rainha das águas que também gosta muito de joias. A esposa do pardal pegou o cordão de ouro no bico e voou para a igreja. O pardal seguiu atrás.  Os meninos viram aquela cena e gritaram: o passarinho está levando o cordão de dona Mônica!  Então correram atrás e viram a pardoca pousar na biqueira da igreja e entrar para o forro. Assim, os meninos colocaram uma escada com a ajuda das mulheres e subiram para tentar pegar o cordão de volta. Ao chegarem no forro da igreja viram a cobra que ainda estava perto do ninho fazendo a digestão dos filhotes dos pardais. Então, os meninos mataram a cobra a pauladas, recuperaram o cordão de ouro e voltaram para o lago. Assim, o pardal e sua esposa foram viver felizes para sempre no silêncio da igreja e sem o perigo da cobra faminta. Moral da história: Quem se propõe a sair por aí praticando o mal contra outrem, deve levar em conta um perigo temível: a vingança.



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