Ele era um dos últimos alunos que ainda permanecia na ativa, da famosa Escola de Música de Mestre Açaí. Depois ingressou na Banda Santa Cecília de onde nunca mais se afastou. Na manhã de hoje, 28 de abril de 2023, aos 85 anos de idade, ele deixa de luto a tradicional família CUTRIM e à todos nós Bacabalenses.
Almerindo foi Oficial de Justiça durante toda sua vida, onde contribuiu muito pelo desenvolvimento de Bacabal. Homem sério, honesto e trabalhador, ele acreditava "piamente" na Justiça e não admitia em hipótese alguma que houvesse alguém na esfera judicial corruptor ou corrompido. Nunca saiu de Bacabal, cidade que amava e cantava em prosa e verso. Muito querido e estimado, foi a maior alegria quando S. Pedro lhe abriu hoje com um largo sorriso a porta do céu!...
Foi recebido primeiro pelos irmãos Iranô e Durvalino, depois os parentes Zé Longar, Gramichó, Hélio Santos e todos os demais Cutrim...
Depois vieram parceiros de velhas datas como Mestre Assaí, Zé Bicudo, Zé Aranha, Gérson e tantos outros que o sufocaram entre abraços e tapinhas nas costas. Todos queriam lhe fazer uma pergunta sobre pessoas ou s própria Bacabal. O arrastaram para o balcão do Bar do Gramichó e foi aquela algazarra! De repente alguém muito elegante, óculos ryban e exalando um autêntico azaroo francês o abraçou forte e foi direto ao balcão onde pegou direto uma garrafa e tomou uma lapada de meio copo e estalou a língua, deixando a garrafa sobre a mesa onde ele soletrou o nome daquela bebida cristalina: B-A-L-L-A-N-T-A-M-E. Não reconheceu aquele cidadão que agora lhe encarava de frente dizendo - e aí? como está nosso velho Baca!? - foi Romão Dantas de Sá quem o socorreu: Vc não está reconhecendo o Sarabandô, meu? a risada foi geral.
Almerindo olhou pro outro lado da rua e viu que era o centro comercial. Foi lendo lentamente....Casa Touta; A Constrular; Banca do Zé dos Reis e Tambaló ; Raimundão Alfaiate; Loja Pinto: Cine Kennedy; A Feiticeira; Bar da Maroca; Escritório Político do Bete Lago; Boite Beira Rio; Curso de Datilografia S. José de Ribamar; Casa Elza; Usina Pintinho; A Cotoniel; Biasa; Café Bacabal; Livraria Urbano; Sorveteria Novo Marmo; Serraria do Beti; O Tamió; União Operária; Bar do Bulão; Casa dos Parafusos; Armazém S. Benedito; A Brasileira; Hotel Glória; Preto 8; Tornearia Nunes; Foto Mearim; Farmácia Oliveira; Serraria do Floriano....a última na curva, ele só leu o final... Recife (era o açúcar); e - lhe explicaram que tinha muito mais pro outro lado - pediu um refrigerante encostou-se no balcão e viu uma acirrada partida de baralho dentro do bar. Era só professores. Reconheceu Juarez, Walmir, Manezinho e Melo. Em pé, dando pitacos, os também professores Sotero e Mota. Olha, tu vais ficar hospedado alí na pensão do seu Valle, junto com Nonato Andrade, seu Hélio, Ruy, Antônio de Manico, Raimundo Sérgio, Léda, Antônio Thomaz, Zé de Brito, Massa Bruta, Nhozinho, Ventão, Seu Miltinho, Buginganga, Deco Pereira, Jacinto, Zé Buraco, Gordo, e outros amigo.. .
Tudo bem. Fedora não estando lá.... Más por enquanto, quero é uma rede. Onde encontro? Logo aí na rua de trás. No Sivuca. Leva ele lá Lima Trovão...disse Dr. Cazuza, que já ia pro pife- pafe com Dr. Juarez, Antônio e Coelho....
Ouviu uma gritaria e foguetório: era o festejo de Mestre Chico Baiano, saudando o primeiro de maio. Mais na frente, todos sem camisa. Era a turma da bola: viu Craus, Melancia; Fafá; Domingo Pancho, Ferramenta, Pepê, ...e a molecada mais nova - Eutimidio, Nô, Nonatinho, Flaubert, seu Cláudio, Alderi, Pequeno, Ramar, Castro, Nonato Andrade, Ademar Galvão, entre outros....
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