Na última quarta-feira (10), nas redes sociais, o deputado estadual Renato Freitas (PT-PR) reclamou de racismo por ter sido submetido a uma abordagem pela Polícia Federal, num voo da Azul, no aeroporto de Foz do Iguaçu.
A Polícia Federal, por sua vez, diz que foi acionada para auxiliar um agente da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e entrou na aeronave antes da decolagem para inspecionar o parlamentar e sua bagagem, mas só realizou o procedimento pelo fato do deputado ter se recusado a passar pelo procedimento no aeroporto. A assessoria de Renato Freitas nega a versão.
Renato Freitas que hoje é deputado, era vereador em Curitiba, mas chegou a ser cassado na Câmara de Vereadores por realizar manifestação política dentro da Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, perturbando a prática de culto religioso. Freitas só conseguiu disputar a eleição para deputado graças a uma liminar do STF que restabeleceu seu mandato de vereador.
Diante do episódio no aeroporto envolvendo Renato Freitas, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), disse que vai fazer um questionamento formal sobre uma norma da ANAC que regula a inspeção e fiscalização de passageiros dentro de aeroportos.
“A primeira manifestação do aeroporto de Foz do Iguaçu foi no sentido que essa fiscalização é feita em duas fases. Tem a fase do portal, você passa pelo raio-X [e pode ser fiscalizado]. E há uma resolução da ANAC que determina uma fiscalização complementar em algumas pessoas. Eu mesmo, acho que em novembro ou dezembro, tive essa fiscalização complementar, que foi uma resolução nova da ANAC”, explicou Dino.
O ministro disse ainda que questionará o colega ministro formalmente e que a PF está apurando também o episódio.
“Eu vou indagar ao ministro Márcio [França, de Portos e Aeroportos], formalmente, inclusive, para ver se ele acha que essa resolução deve ser mantida, qual a razão dessa resolução. Em relação à PF, estritamente, o doutor Andrei [Passos, diretor-geral] está procedendo à apuração”, finalizou Dino.
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