terça-feira, 13 de junho de 2023

CPMI REJEITA CONVOCAR ALIADOS DE LULA, MAS CO VOCA BOLSONARISTAS

 

Nesta terça-feira (13), a CPMI dos atos do 08 de janeiro votou alguns dos inúmeros requerimentos apresentados, a maioria pedindo a convocação de pessoas que podem contribuir com a investigação.

No entanto, chamou bastante atenção o fato de que a maioria dos integrantes da CPMI ter rejeitado a convocação de ‘aliados’ do atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas ter aprovado a convocação de ‘aliados’ do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A CPMI, por exemplo, rejeitou o pedido de convocação do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do Governo Lula, Gonçalves Dias. O ex-ministro era o chefe da segurança do Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro, mas pediu demissão após o vazamento de vídeos onde ele aparece interagindo com alguns dos invasores.

O requerimento de convocação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), também foi rejeitado pela maioria dos membros da CPMI.

Outro nome que foi poupado de dar explicações na comissão nesse primeiro momento foi o de Ricardo Cappelli. O requerimento que pediu que ele comparecesse à comissão, na condição de convidado, foi retirado da pauta após pressão da ala governista. Cappelli foi o responsável por fazer a intervenção federal na segurança do DF e é atualmente o ministro interino do GSI.

Bolsonaristas – Já os ‘aliados’ de Bolsonaro não tiveram a mesma benevolência. Os pedidos de convocação de aliados e ex-integrantes do Governo Bolsonaro foram aprovados.

A CPMI decidiu, entre outros nomes, pelas convocações de: Anderson Torres, ex-secretário de Segurança Pública do DF e ex-ministro da Justiça; Braga Netto, ex-ministro da Defesa e ex-candidato a vice-presidente; Augusto Heleno, ex-ministro-chefe do GSI; e Mauro Cid, ajudante de ordens de Bolsonaro.

Além disso, apesar de aparentemente não ter qualquer relação com a investigação da CPMI, os parlamentares aprovaram um requerimento para que sejam compartilhados com a comissão dados obtidos pela Polícia Federal no celular do ex-presidente Bolsonaro, durante a operação que apura fraude em cartões de vacinação dele e de auxiliares.

Nenhum comentário:

Postar um comentário