domingo, 19 de dezembro de 2021

DIAGNOSE DICA DE SAÚDE -' ÔMICRON

 A Ômicron, nova varirante do coronavírus,  já foi detectada em pelo menos 50 países Identificada pela primeira vez em Botsuana, no sul da África, a Ômicron foi denominada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma variante de alta transmissibilidade.

Desde que foi anunciada sua descoberta, em 25 de novembro, países de todo o mundo se mobilizaram rapidamente para amenizar os impactos da nova variante. No Brasil, até o momento, já são seis casos registrados, com três no estado de São Paulo, dois no Distrito Federal e um detectado no Rio Grande do Sul.

Os cientistas ainda buscam esclarecimentos sobre a nova variante, principalmente no que diz respeito à eficácia das vacinas atuais contra ela, sua transmissibilidade e letalidade. O que as autoridades dos países têm feito, por enquanto, é endurecer as restrições determinadas para a pandemia, incentivar a vacinação e, em alguns casos, fechar as fronteiras para evitar a disseminação da variante.

Confira o que disseram as autoridades em alguns países que já registraram a variante:

Brasil:

Com seis casos detectados da nova cepa, o Brasil vem, nos últimos dias, registrando o cancelamento de festas de Réveillon nas principais capitais, por conta da Ômicron.

Para o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, os cuidados com a variante Ômicron devem ser os mesmos já adotados por outras cepas do coronavírus.

“A variante denominada Ômicron tem causado atenção das autoridades de saúde do mundo todo e aqui no Brasil também. Eu gostaria de tranquilizar todos brasileiros por que os cuidados com essa variante são os mesmos cuidados com as outras variantes”, disse Queiroga.

Segundo o ministro, a vacinação é a principal estratégia para o enfrentamento da pandemia e de situações como o surgimento de novas variantes do vírus. O ministrou afirmou que as autoridades sanitárias dos estados e municípios atuam em sintonia com o Ministério da Saúde com o objetivo de reforçar a segurança do país no contexto da pandemia.

Estados Unidos

O médico Anthony Fauci, maior especialista em doenças infecciosas dos Estados Unidos disse à CNN, no domingo (5), que os primeiros indicadores sobre a gravidade da Covid-19 causada pela variante Ômicron são “um pouco animadores”, mas que é muito cedo para tomar uma posição clara sobre se ela pode causar doenças graves.

“Realmente temos que ter cuidado antes de fazer qualquer determinação de que é menos grave ou realmente não causa nenhuma doença grave comparável à Delta. Mas até agora, os sinais são um pouco animadores em relação à gravidade.

O especialista ressalta que é preciso manter as medidas de contenção do vírus “até realizarmos mais experimentos”.

África do sul

A África do Sul disse que estava sendo punida por sua capacidade avançada de detectar antecipadamente novas variantes da Covid-19, já que proibições de viagens e restrições impostas por causa da nova variante Ômicron ameaçam prejudicar o turismo e outros setores da economia.

Uma médica sul-africana, que foi uma das primeiras a suspeitar de uma cepa diferente de coronavírus entre seus pacientes, disse que os sintomas da variante Ômicron eram até agora leves, podendo ser tratados em casa.

A doutora Angelique Coetzee, médica particular e presidente da Associação Médica da África do Sul, disse à Reuters que em 18 de novembro ela notou sete pacientes em sua clínica que apresentavam sintomas diferentes da variante Delta, embora “muito leves”.

“A maioria deles (médicos) está vendo sintomas muito, muito leves e nenhum deles até agora encaminhou pacientes para cirurgias. Temos sido capazes de tratar esses pacientes de forma conservadora em casa”, disse ela.

Austrália

A Austrália relatou, na sexta-feira (3), sua primeira transmissão comunitária da nova variante do coronavírus Ômicron. Entretanto, as autoridades se mantiveram firmes em um plano para reabrir a economia em meio à esperança de que a nova cepa  se mostrasse mais branda do que as anteriores.

O novo caso, de um estudante de Sydney, foi a primeira infecção confirmada de Ômicron de uma pessoa que não viajou para o exterior, sinal de que a variante agora é comunitária, disseram autoridades no estado de New South Wales.

“A transmissão é sempre uma preocupação, mas novamente precisamos mantê-la em perspectiva”, disse o ministro da Saúde do estado, Brad Hazzard, explicando porque o estado mais populoso da Austrália não estava revertendo sua reabertura encenada de bloqueios rígidos impostos em julho devido à variante Delta.

“Em todo o mundo não há clareza sobre se esta variante em particular vai nos causar em qualquer lugar perto dos problemas que as variantes anteriores nos causaram.”

BOTSUANA

A Botsuana, no Sul da África, detectou ao menos 15 novos casos de Covid-19 causados pela variante Ômicron. A informação é do ministro da Saúde do país, Edwin Dikoloti, que afirmou, no último domingo (28), que os casos somam-se aos quatro  confirmados e divulgados no dia 26 de novembro.

O ministro aplaudiu seus cientistas por terem os primeiros a detectar a nova variante, mas afirmou que ela não surgiu em Botsuana porque os quatro casos iniciais foram de pessoas que viajaram ao país em missão diplomática.

Ele se recusou a comentar sobre as nacionalidades das quatro pessoas, destacando que o país “não gostaria de aumentar a tendência aparente em que a variante é estigmatizada”.

Reino Unido

Casos da variante Ômicron foram detectados no Reino Unido, disse o secretário de Estado da Saúde do país, Sajid Javid.

O anúncio foi feito em uma publicação na página oficial de seu Twitter, em que afirmou que os casos estavam relacionados e que havia uma conexão com viagens para o sul da África. O isolamento foi a medida adotada pelas autoridades locais para evitar a disseminação da variante.

“Esses indivíduos estão se isolando com suas famílias enquanto mais testes e rastreamento de contato estão em andamento”, disse. “Se você voltou de lá [sul da África] nos últimos 10 dias, deve se isolar e fazer testes de PCR”, acrescentou em sua publicação.

Portugal

O governo de Portugal não hesitará em aumentar as restrições contra a Covid-19 durante as festas de Natal se elas forem necessárias para controlar uma disparada recente de casos da doença, disse o primeiro-ministro português, António Costa.

Apesar de o país ter um dos índices de vacinação mais elevados do mundo, um aumento recente de infecções e o surgimento da variante Ômicron do coronavírus levaram o governo a readotar algumas restrições.

Quando indagado se o governo pode adotar mais medidas restritivas durante o período natalino, Costa respondeu: “Todos nós desejamos que estas medidas não sejam necessárias, mas se se tornarem necessárias, tomaremos essas medidas”.

“Devemos estar sempre vigilantes para tomar novas medidas, se necessário. É assim que temos vivido nos últimos dois anos e temos conseguido prevalecer, embora tenha sido difícil para todos”, disse o premiê aos repórteres.

Holanda

Na Holanda, novas medidas restritivas foram implementadas, como o fechamento de bares, restaurantes e a maioria das lojas às 17h – uma tentativa de reverter uma nova onda de casos recordes de Covid-19 que está congestionando o sistema de saúde.

As autoridades de saúde da Holanda confirmaram ter encontrado 13 casos de infecção pela variante Ômicron dentre os passageiros de dois voos da África do Sul, que pousaram no país no fim de novembro.

Os novos confirmados estão entre 61 passageiros que testaram positivo para a Covid-19 nos dois voos, que carregavam cerca de 600 pessoas. Aqueles que testaram positivo foram mantidos em isolamento em um hotel próximo ao aeroporto.

“Nas nossas investigações de sequenciamento do vírus, que ainda estão em curso, encontramos até o momento 13 casos da variante Ômicron entre os testes positivos [dos passageiros] para a Covid-19”, afirmou o Instituto Nacional de Saúde em um comunicado.

“Não é improvável que mais casos apareçam na Holanda”, disse o ministro da Saúde holandês, Hugo de Jonge, em uma coletiva de imprensa em Rotterdam. “Essa poderia ser a ponta do iceberg”.

Alemanha

A Alemanha, que antes da chegada da Ômicron já enfrentava uma nova onda de casos da Covid-19, decidiu impor uma série de medidas restritivas para aqueles que ainda não estão vacinados no país.

Quem não se imunizou está proibido de frequentar eventos e locais de lazer, e pode apenas frequentar serviços essenciais, como supermercados e farmácias. O anúncio foi feito por Angela Merkel.

A medida vem sendo chamada de “lockdown para não vacinados”. Merkel também defendeu que o país torne a vacinação contra a Covid-19 obrigatória a partir de fevereiro do ano que vem, medida que ainda vai ser discutida pelo parlamento alemão.



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