domingo, 18 de maio de 2014

SOMOS TODOS IMBECIS?!





O século é o XXI, mas a mentalidade geral parece que retrocedeu ao paleolítico. Senão, como justificar o comportamento animal dos “homens das cavernas” do nosso tempo?!
Protestar contra a realização da Copa do Mundo no Brasil virou pano de fundo para o extravasamento do instinto selvagem de um numerosíssimo bando de loucos, débeis mentais – com todo o respeito aos que sofrem de alguma debilidade mental, condição que produziria a inimputabilidade penal, de acordo com o nosso ordenamento jurídico – em pleno gozo de suas faculdades físicas e psíquicas.
Ora, as bestas que estão indo às ruas depredar o patrimônio público, roubar, furtar e agredir não saíram de hospícios ou de clínicas de reabilitação. São nossos vizinhos, talvez colegas de trabalho, transeuntes quaisquer, sem nenhum traço aparente de anormalidade mental. São, portanto, responsáveis pelos seus atos, conscientes dos delitos que estão praticando.
Não há clamor popular, não há Copa, Carnaval, corrupção, insatisfação – seja esta motivada pelo que for – que justifique o que vem acontecendo no Brasil. Por qualquer motivo, ônibus são queimados, o direito de ir e vir é obstaculizado, o comércio é saqueado, pessoas agredidas, rodovias interditadas, enfim, a vida para, e para violentamente, porque uma meia dúzia ou dúzias de pessoas resolvem protestar contra o que lhes der na telha.
A imprensa fica “cheia de dedos” para tratar do assunto. Geralmente, as notícias vêm com a seguinte ressalva: “… a manifestação começou de forma pacífica, até que um pequeno grupo de vândalos resolveu depredar… etc., etc., etc.”.
Pequeno grupo??? E, desde quando um pequeno grupo pode se sobrepor à maioria e impor, de forma violenta, a sua vontade? O constitucional direito ao protesto não justificaria isso. E, se não justifica, não respalda. No caso, inexiste esse direito. Em não existindo, gera, obviamente, o dever do Estado de combater todas as formas de protesto que atinjam, mesmo que minimamente, a paz social e o bem-estar coletivo.
O pior de tudo, é que não há violência apenas nos protestos. Não há só primitivismo no bestial linchamento de um inocente. Nas mais banais atitudes do dia a dia, nós, autodenominados cidadãos,  tomamo-nos de uma fúria que, na comparação, nos iguala aos loucos e aos violentos que gostaríamos de ter, e ver, à distância.
Meu filho, de apenas 11 anos, ao assistir ao noticiário da TV em que um homem – por coincidência, deficiente mental – é brutal e gratuitamente assassinado, sentenciou: “Pai, no Brasil tem que ter pena de morte. Um cara que faz isso tem de morrer”.
Atordoado, pus-me a pensar: estamos agindo como primatas, hominídeos. Selvagens. Matamo-nos uns aos outros, ainda que, em muitos casos, não usemos da violência física, seja nas ruas, em casa ou no trabalho.

Somos todos imbecis?!

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