segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

QUANDO TUDO É IMPORTANTE





Estamos vivendo numa "época", num momento, de muita turbulência, naquela, talvez, de estar passando o país a limpo (Boris Casoy), pois as mazelas e podres estão aparecendo aos poucos, embora seja um sonho uma limpeza geral, uma reviravolta capaz de expurgar o que de mais ruim temos em nosso cotidiano, em nossa política, em nossos políticos.
O que a gente percebe é que os políticos, ao contrário do que prometem e juram perante a constituição, se locupletam e se juntam com o fim único de se tornaram donos do poder, privatizando, em seu nome, tudo o que é público a partir do momento em que são eleitos e tomam posse. Na verdade tomam posse do que é nosso em proveito próprio e nunca mais querem largar, custe o que custar (até a prisão não os intimida!).
Ao se apropriarem de tudo (o que é nosso) à sua disposição, não têm limites, sua jornada de trabalho é a menor possível, aposentam até com um ano de "intensa" dedicação, acumulam aposentadorias, reajustam seus salários e mordomias ao seu bel prazer, passando por cima do justo, ético e rasoável.
Mas voltando ao político atual (a maioria), o que ilustra este mau comportamento é o fato de se "quadrilharem" naqueles sobrepreços fajutos e viciados das obras superfaturadas, loteando cargos e lucros, superfaturando contratos e licitações, repartindo o "roubado" e desviado para alguns previamente combinados e, com o absurdo fim de financiarem campanhas políticas e enriquecimento ilícito.
Naqueles em quem confiamos o que constatamos é o dissabor de sufragar na urna eletrônica os nomes dos indivíduos (elementos) esperando que honrassem o cargo para o qual foram "galgados" e não o que está acontecendo hoje, em plena anarquia democrática, se pudéssemos assim chamar.
O político esperto tem um plano tão audacioso e maquiavélico que se previne, as leis nunca os atinge, cria mecanismo que, ao contrário de punir os culpados, corruptos, o protege, a exemplo do foro privilegiado que, quando dá o tal veredicto, já ficou caduco ou vai ser preso com todas as regalias, em regime semiaberto ou cumprindo de modo doloroso e muito sofrimento, em casa, e, com a vantagem de não ter que devolver o dinheiro surrupiado e, quando a justiça o exige, são migalhas, nem os juros do que foi roubado são recolhidos.
Em que vai resultar tudo isso a gente nunca sabe, a justiça é imprevisível, os políticos se cercam de blindagem, nem a ficha limpa os consegue enquadrar e, pasmem, ainda conseguem se reeleger, apesar de toda sorte de indícios e provas.
Fico imaginando como pensariam a respeito e como iriam comentar Millôr Fernandes e suas frases antológicas, Stanislaw Ponte Preta e seu FEBEAPÁ e Henfil, com sua Graúna. Sagazes e gênios nas tiradas e charges, não deixariam "barato" o atual momento de terremotos e vendavais com os quais estamos convivendo e precisando de uma sacudida "básica"!
Meus amigos, muitos, são perspicazes e sarcásticos, mas carregam um defeito secular: só defendem um lado mesmo percebendo que estão errados, não dão o braço a torcer.
Aqui é tudo muito confuso, uma caixa preta descomunal, indecifrável, onde todos, ou quase todos, são farinha do mesmo saco, não têm compromisso com a honestidade de propósitos e transparência do que fazem. É um acobertando o outro, onde o reino animal da mentira deslavada é cultivada aos quatro cantos. 
Por isso, não tem como acreditar em alguém na política, a gente nunca sabe das reais intenções e se elas existem de verdade.
Fico aqui sem esperança de que algum dia melhore e que a limpeza de que falei no início um dia finalmente se realize.
E vamos que vamos!!!

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