terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

VÍTIMA DE ATAQUE A ÔNIBUS NO MA TEM ALTA EM BRASÍLIA SEM SABER QUE FILHA MORREU



Depois de um mês de tratamento no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), em Brasília, recebeu alta nesta segunda-feira (10) a dona de casa Juliane Santos, de 22 anos, que teve 40% do corpo queimados durante ataque de criminosos a um ônibus em São Luís, no Maranhão, no dia 3 de janeiro.

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal informou que a família de Juliane foi incumbida de relatar a ela sobre a morte da filha, Ana Clara, de 6 anos, que teve 95% do corpo queimados no ataque.

“Foi difícil, mas Deus é bom e eu estou aqui, eu sou a prova de que Deus existe”, disse Juliane ao deixar o hospital, sem saber da morte da filha.

Juliane foi tratada no Distrito Federal a pedido da família, já que o Hran é considerado um hospital de referência no tratamento de queimados. Ela tem parentes na capital federal.

Segundo a Secretaria de Saúde, Juliane recebeu acompanhamento psicológico e psiquiátrico. Ela terá de voltar algumas vezes ao hospital para trocar os curativos.

Juliane estava com as filhas Ana Clara e Lorrane Beatriz Santos, de 1 ano e 5 meses, em um dos ônibus atacados, na Vila Sarney, que foi incendiado por homens armados. Segundo familiares da mãe de Ana Clara, Juliane disse que não encontrou a filha de 6 anos no meio do fogo e só conseguiu descer com a outra filha, Lorrane, nos braços.

Por ter histórico de depressão, ela não foi informada na época do atentado sopbre a morte da filha, que foi sepultada no dia 7 de janeiro no cemitério Jardim da Paz, na Estrada de Ribamar, em São Luís.

O crime contribuiu para a morte do bisavô paterno de Ana Clara, Dasico Rodrigues da Silva, de 81 anos. Ele teve um infarto e morreu dois dias depois dos ataques, após tomar conhecimento do estado de saúde da neta, que era crítico naquele momento.


Outras duas vítimas do ataque, a operadora de caixa Abiancy Silva dos Santos, de 35 anos, e a filha menor de Juliane, Lorrane, receberam alta médica dias depois do ataque. O entregador Márcio Ronny foi transferido no dia 8 de janeiro para o Centro de Referência de Queimados em Goiânia (HGG).

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