GLOBALIZAÇÃO – CULTURA – GÊNERO – RASCISMO –
ALTERIDADE E RELATIVISMO. COMO COMPREENDER AS DIVERSIDADES CULTURAIS!...
Por Claudson Alves oliveira (Dodó Alves)
A globalização no senso comum pode conceituar como
a integração global dos povos, da economia, das culturas, das raças humanas e
por fim das nações. Como podemos viver bem num mundo globalizado? É possível
compreender a globalização no mundo Cibernético? Como entender tantas
diversidades? Necessariamente, as pessoas precisarão compreender alguns
conceitos, associar diversos conceitos, relativizando uns a outros, e assim por
diante. E por fim, como conviver com estes conceitos em nosso cotidiano? Como
analisar as diversidades? Veja-se:
A Cultura e sua noção ao logo do tempo enfocam as
diferenças culturais, o conceito assumiu várias conotações diante as suas
principais correntes analíticas, segundo Malinowski Boas, no passado sobressaia
uma visão de cultura como homogênea, relativa a um todo social. A partir dos
anos 1980, este conceito ganha novas dimensões, seja a partir do enfoque da
interpretação que irá enfatizar a cultura como construção de significados e,
portanto, sempre sujeitas às novas interpretações; seja a partir da introdução
da noção de poder, que irá enfatizar a dimensão de desigualdade presente nas
relações sociais (Geertz).
Gênero é uma categoria de diferença social, está
relacionado à construção cultural em torno do masculino e do feminino e é
perpassada por relação de poder. Conforme Joan Scott (1995, p. 86) “Primeiro, o
gênero é um elemento constitutivo das relações sociais baseadas nas diferenças
percebidas entre os sexos. Segundo, o gênero é uma forma primária de dar
significado às relações de poder”.
O Racismo decorre da ideologia racista que, em
meados do século XIX, se caracterizou pelo estudo de cientistas que visaram
realizar uma tipificação da espécie humana a parti de critérios biológicos. Tal
ideologia é conhecida como “racismo científico”. Segundo Stuart Hall, o racismo
possui uma lógica própria, busca “justificar as diferenças sociais e culturais
que legitimam a exclusão racial em termos de distinções genéticas e biológicas,
isso é, na natureza”. Essas distinções são materializadas e podem ser lidas nos
significados corporais visíveis e facilmente reconhecíveis, tais como a cor da
pele, as características física do cabelo, as feições do rosto, o tipo físico e
etc. (2003, p. 71).
Em minha opinião toda essa ideologia racista
visando uma diferenciação entre “racismo científico” e “racismo cultural” é uma
grande bobagem que os cientistas e os povos criaram, conceituado por autores
reconhecidos mundialmente. Entendo apenas que só existe uma raça, ou seja, “A
RAÇA DA ESPÉCIE HUMANA”.
Alteridade é o exercício de relativização que
consiste no movimento de buscar enxergar o outro dentro de seu próprio
contexto. A alteridade possui dois momentos: o primeiro consiste num esforço de
distanciamento em relação à nossa própria cultura, buscando enxergar nossas
ações e pensamento como parte de um contexto cultural específico. No segundo
momento, se faz uma análise dos costumes diferentes dos nossos e, pelo
contraste, entender o “diferente” como legítimo, como integrante de um conjunto
de valores dentro de um contexto específico. Por fim, a experiência da
Alteridade está relacionada ao encontro com o “OUTRO”, no sentido de ser capaz
de aprender o outro na plenitude da sua dignidade, dos seus direitos e,
sobretudo, da sua diferença.
Relativismo está relacionado ao procedimento que
visa analisar o “OUTRO” em relação ao seu contexto social e cultural, como um
recurso para não incorrer em posturas ETNOCÊNTRICAS (uma visão de mundo onde o
nosso grupo é tomado como o centro de tudo e de todos, os outros são pensados e
sentidos através dos nossos valores, nossos modelos, nossas definições do que é
a existência). Segundo Rocha “Quando vemos que as verdades da vida são menos
uma questão de essência das coisas e mais uma questão de posição: estamos
Relativizando. Quando um significado de um ato é visto não na sua dimensão
absoluta, mas no contexto em que acontece: estamos Relativizando. Quando
compreendemos o “OUTRO” nos seus próprios valores e não nos nossos: estamos
Relativizando...”
Por fim, ficamos com os ensinamentos dos mestres
Geetz, (1989, p. 66) e Rocha (1994, p. 13). Conforme Geetz “... vemos a vida
dos outros através das lentes que nós mesmos polimos...”. Segundo Rocha “
O etnocentrismo passa exatamente por um julgamento da valor da cultura do
“OUTRO” nos termos da cultura do grupo do “EU”. Conclusão da nossa coluna
dominical: “PARA NÃO SERMOS ETNOCÊNTRICOS É PRECISO FAZER UM EXERCÍCIO CHADO: RELATIVIZAÇAÕ”.
Que Deus nos abençoe!
Claudson Alves oliveira - aluno do 10º período do
Curso de Direito, American College of Brazilian Studies, 37 N Orange
Avenue, Suite 500, Downtown Orlando, Florida, 32801.
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