Embora
tente manter boas relações com todos os partidos que compõem o seu governo – do
PSDB ao PT; do PDT ao PPS –, Flávio Dino (PCdoB) tem uma articulação
extrapolítica que envolve muito pouca gente dos grupos que o ajudaram
diretamente a chegar ao poder. É uma espécie de “governo paralelo” com o qual
Dino se aconselha e discute projetos de poder para os próximos anos, inclusive
após sua passagem pelo Palácio dos Leões.
O “conselho dinista” é formado,
sobretudo, pelos seus ex-parceiros de advocacia, como os advogados Mário
Macieira e Guilherme Zagallo. O grupo inclui ainda o diretor do Detran, Antonio
Nunes, e o secretário de Direitos Humanos, Francisco Gonçalves, além do
todo-poderoso secretário de Assuntos Políticos do governo, jornalista Márcio
Jerry.
Com eles, estão alguns juízes estaduais e federais, procuradores federais e promotores considerados amigos do peito do governador, e que se mantêm à distância para não comprometer as ações em suas áreas de atuação.
Quando
precisa planejar suas estratégias políticas não é com lideranças partidárias, como
o ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB), ou com o presidente da Assembleia
Legislativa, Humberto Coutinho (PDT) – e muito menos com parlamentares do peso
de Bira do Pindaré (PSB) ou Rubens Pereira Júnior (PCdoB) – que Dino conversa.
O debate se dá com o “governo paralelo”, que estabelece diretrizes e identifica
cenários.
E este
“poder paralelo” vai atuar mais nas luzes a partir da reforma que o governador
pretende implementar agora neste início de ano. Muitos deverão ocupar cargos no
governo; outros ganharão mais espaços de destaque. Com o claro objetivo de
chegar ao poder a partir de 2018.
Nenhum comentário:
Postar um comentário