O encontro do Diretório Nacional, que ocorreu em
Brasília, o PDT, comemorou o aniversário de 94 anos do líder maior do partido,
Leonel Brizola, além de reiterar posicionamento contrário ao impeachment da
presidente Dilma Rousseff e pelo afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da
Presidência da Câmara.
Com a presença da presidente Dilma
Rousseff, dos presidentes estaduais da sigla, do presidente nacional, Carlos
Lupi, e do também ex-ministro Ciro Gomes foi oficializado o apoio a presidente
Dilma no que se refere ao processo de impeachment. “Acreditamos que não há base
constitucional no que se refere ao processo de impeachment, as pedaladas são
uma ferramenta para que importantes programas sociais não ficassem sem
recursos, recorrendo para isso de verbas originárias do Banco do Brasil, Caixa
e BNDES. Um caixa único.”, destacou o presidente Lupi. Segundo ele, verbas
essas já pagas pelo Planalto.
Diante de lideranças, militância
jovem, movimento negro e de mulheres, além de vereadores, prefeitos, deputados
e senadores de todos os estados do Brasil, o líder na Câmara, deputado Weverton
Rocha, enumerou os principais desafios para o ano de 2016 no Legislativo.
“Antes de tudo é preciso que o processo de impeachment da presidenta e a
cassação de Cunha saia da pauta ou seja logo votado, para buscarmos uma nova
política econômica e tributária, com a votação de pautas positivas para a
retomada de crescimento do país”, ressaltou o parlamentar maranhense.
Além de confirmar apoio à Dilma,
ficou definida a posição favorável ao afastamento imediato do presidente da
Câmara, Eduardo Cunha, pelos processos a que tem sido relacionado,
principalmente na Operação Lava-Jato e ainda as contas identificadas no
exterior.
Sobre pleitos futuros, o PDT
reafirmou que terá candidatura própria em 2018. ”Não vim para o PDT para ser
candidato, mas aceito qualquer missão a que o partido me considere à altura”,
disse Ciro Gomes, aclamado pelos gritos dos pedetistas, BRASIL PRA FRENTE –
CIRO PRESIDENTE.
Em seu discurso, a presidente Dilma
Rousseff relembrou o velho amigo Leonel Brizola, emocionando a todos com uma
memória dos tempos de cárcere na ditadura. “Li na parede do presídio em que
estava presa. ‘Feliz o país sem heróis’, pelo sofrimento a que passam todos os
que prontificam lutar por ideais de igualdade e liberdade. Mas hoje na
democracia, tenho orgulho de dizer. ‘Feliz do povo que tem heróis. Como
Brizola, Jango, Getúlio e tantos outros brasileiros que dedicaram suas vidas
pelo trabalhismo e pelos mais pobres”, disse.
Mas, o ponto alto do discurso, foi
quando a presidente conclamou toda a militância pedetista para que lhe apoiem
na busca do que é necessário para a retomada do desenvolvimento no Brasil. “Nós
vamos voltar a gerar emprego e renda. Nós vamos fazer o país crescer novamente.
Para isso é importante que alcancemos a estabilidade política, e para isso vou
precisar muito de vocês”, finalizou Rousseff.
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