quinta-feira, 5 de novembro de 2015

ADRIANO SARNEY CONTESTA REPORTAGEM DO JORNAL INGLÊS FINANCIAL TIME

O burburinho e as conversas paralelas são comuns durante as sessões plenárias da Assembleia Legislativa. Mas nesta quinta-feira (5), boa parte dos parlamentares que estavam na Casa parou para ouvir a contestação do deputado Adriano Sarney (PV) à reportagem feita pelo jornal inglês Financial Time, possivelmente encomendada por “Leões” do palácio.
“Foi para inglês ver”, disse o deputado, observando que a equipe do diário britânico se ateu apenas ao que informou o Governo do Estado, contrariando o que preza o bom jornalismo, e ignorou completamente o que a oposição tinha a dizer.
No caso, o deputado Adriano Sarney, membro da oposição e presidente da Comissão de Assuntos Econômicos da Assembleia, não foi sequer ouvido pela reportagem do Financial Times. Nem o deputado ou qualquer outro que pudesse contrariar os ditames do Palácio dos Leões.
Em seu discurso, o parlamentar criticou duramente as informações publicadas pelo Financial Times, que tentam induzir ao leitor a acreditar que o simples corte de gastos no Palácio dos Leões representou positiva e significativamente para a economia do Estado.
“Antes (na gestão anterior) o Maranhão crescia a um ritmo anual de 10% ao ano; hoje, a previsão para 2016 é de negativo 2%”, pontuou Adriano Sarney.
Em outro trecho do discurso, o deputado foi mais a fundo na questão. “O governo estadual aumentou os custos da folha e também os custos da dívida. Como é que o Governo conseguiu pagar esses custos? Aí, passaram para o jornalista estrangeiro a seguinte informação: “Nós (governo atual) cortamos quilos e quilos de lagostas lá no Palácio dos Leões. Cortamos uísques e vinho”. Ora, um jornal que é tido como um jornal sério vai entrar em picuinha?”, indagou.
O deputado, em outro trecho, disse que ficou decepcionado. “Já fui leitor do Financial Times e do The Economist, jornais grandes e bem conceituados no mundo, em economia e finanças, mas como é que um jornal desses vem ao Maranhão e não ouve um parlamentar oposicionista?”, ressaltou.

O deputado foi cumprimentado por vários colegas de plenário pelo pronunciamento.

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