QUANDO TUDO É IMPORTANTE
ATENDENTE E
VENDEDOR
Sou muito crítico aos profissionais de atendimento
ao público, sua postura, seu modo de "encará-lo" e o esforço (nem
sempre) para deixá-lo totalmente satisfeito. Lidar com o público é uma
missão atribuída a poucos, quer dizer, pouca gente tem condições ideais e está
à altura deste super-encargo, carga pesada aliás, mas nem tanto se o
"profissional" for treinado adequadamente ou conhecer
"instintivamente" a alma do povo. O atendente-vendedor teria, antecipadamente,
que conhecer o "íntimo", o cadastro, o perfil de seu interlocutor
para não cometer gafes nem "pagar mico", como dizem por aí. De posse
do perfil, cabe ao atendente ouvir (e não falar pelos cotovelos) o que o
"comprador"-cliente quer, o que almeja, suas condições, qualidades e
fraquezas, dados que deverão ser usados em prol do "atendido" e não
como carta na manga do atendente-vendedor esperto. Vender não é empurrar
mercadoria vencida ou a vencer futuramente, não é esconder detalhes que
facilitariam ou deixariam o cliente em melhores condições de escolher e decidir
o que quer. Vendedor-honesto não procura, simplesmente, desencalhar produtos
pouco procurados, não é fazer propaganda enganosa ou iludir seu interlocutor
com falsos argumentos. Venda feliz, venda efetiva, com eficiência e eficácia,
procura a satisfação dos dois, cliente e vendedor, não um "passando"
a perna no outro, não é lograr, dar uma "manta" como dizem no
interior de Minas. Vendedor que se preza não faz seu cliente de otário, ao contrário
procura agir de modo a conquistá-lo, fazer com que seu cliente propague de
graça a empresa em agradecimento ao tratamento dispensado. Empresa-vendedora
que executa o pós-venda, deixa seu cliente duplamente feliz, pois demonstra que
sua atitude de comprar a mercadoria ou serviço foi reconhecida e valorizada.
Ruim quando as empresas forçam a tal fidelidade de 12 meses ou usa a prática
abusiva de um preço à vista e outro pelo cartão de crédito. O certo é que toda
venda deveria ser assim: sua satisfação garantida ou seu dinheiro de volta! Não
ter vencedor nem vencido, ganhador nem perdedor. Ambos deveriam sair ganhando,
conforme deveria (e deve) ser toda negociação. Não se concebe venda com
cláusula leonina ou venda casada, onde o comprador é obrigado a "agregar"
item indesejado em sua compra. (Não se concebe um médico atender um cliente e
até operá-lo e nunca mais entrar em contato para saber se ficou ou não
satisfeito. Os médicos acham que a relação médico-paciente acaba quando seu
"cliente" bate a porta e vai embora). Não pensa que se trata de uma
"operação" de compra e venda de satisfação! O futuro não é
"promissor" para vendedor esperto ("experto") nem para
empresa empurradora de produtos vencidos ou com avaria, ou com "saída de
linha" omitida ao "parceiro-comprador". Um dia isto vai mudar,
quem sabe para melhor!!!
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