domingo, 15 de novembro de 2015

QUANDO TUDO É IMPORTANTE



ATENDENTE E VENDEDOR

Sou muito crítico aos profissionais de atendimento ao público, sua postura, seu modo de "encará-lo" e o esforço (nem sempre) para deixá-lo totalmente satisfeito. Lidar com o público é uma missão atribuída a poucos, quer dizer, pouca gente tem condições ideais e está à altura deste super-encargo, carga pesada aliás, mas nem tanto se o "profissional" for treinado adequadamente ou conhecer "instintivamente" a alma do povo. O atendente-vendedor teria, antecipadamente, que conhecer o "íntimo", o cadastro, o perfil de seu interlocutor para não cometer gafes nem "pagar mico", como dizem por aí. De posse do perfil, cabe ao atendente ouvir (e não falar pelos cotovelos) o que o "comprador"-cliente quer, o que almeja, suas condições, qualidades e fraquezas, dados que deverão ser usados em prol do "atendido" e não como carta na manga do atendente-vendedor esperto. Vender não é empurrar mercadoria vencida ou a vencer futuramente, não é esconder detalhes que facilitariam ou deixariam o cliente em melhores condições de escolher e decidir o que quer. Vendedor-honesto não procura, simplesmente, desencalhar produtos pouco procurados, não é fazer propaganda enganosa ou iludir seu interlocutor com falsos argumentos. Venda feliz, venda efetiva, com eficiência e eficácia, procura a satisfação dos dois, cliente e vendedor, não um "passando" a perna no outro, não é lograr, dar uma "manta" como dizem no interior de Minas. Vendedor que se preza não faz seu cliente de otário, ao contrário procura agir de modo a conquistá-lo, fazer com que seu cliente propague de graça a empresa em agradecimento ao tratamento dispensado. Empresa-vendedora que executa o pós-venda, deixa seu cliente duplamente feliz, pois demonstra que sua atitude de comprar a mercadoria ou serviço foi reconhecida e valorizada. Ruim quando as empresas forçam a tal fidelidade de 12 meses ou usa a prática abusiva de um preço à vista e outro pelo cartão de crédito. O certo é que toda venda deveria ser assim: sua satisfação garantida ou seu dinheiro de volta! Não ter vencedor nem vencido, ganhador nem perdedor. Ambos deveriam sair ganhando, conforme deveria (e deve) ser toda negociação. Não se concebe venda com cláusula leonina ou venda casada, onde o comprador é obrigado a "agregar" item indesejado em sua compra. (Não se concebe um médico atender um cliente e até operá-lo e nunca mais entrar em contato para saber se ficou ou não satisfeito. Os médicos acham que a relação médico-paciente acaba quando seu "cliente" bate a porta e vai embora). Não pensa que se trata de uma "operação" de compra e venda de satisfação! O futuro não é "promissor" para vendedor esperto ("experto") nem para empresa empurradora de produtos vencidos ou com avaria, ou com "saída de linha" omitida ao "parceiro-comprador". Um dia isto vai mudar, quem sabe para melhor!!!

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